Em pleno movimento de reconstrução social e política, que visa resgatar o Brasil dos efeitos devastadores de um governo retrógrado e obscurantista – derrotado nas eleições de 2022 -, o país enfrenta agora propostas, felizmente isoladas, de grupos que pregam abertamente a divisão entre os estados do sul e sudeste da região norte e nordeste. Esta é, claramente, uma proposta de apartheid socioeconômico que tenta dividir a nação para favorecer, ainda mais, a perversa distribuição de riquezas e oportunidades que já existe em nosso país. Contra isso devem surgir todas as pessoas e movimentos sociais que sabem a importância da unidade para o fortalecimento do povo, da economia e da sociedade como um todo. No movimento sindical não é diferente. De tempos em tempos surgem propostas de divisão, de quebra da unidade duramente construída que, quando ocorrem, provocam grave enfraquecimento da capacidade e da força de lutados trabalhadores. Lamentavelmente, entre os sindicatários, há quem esteja neste momento empunhando essa bandeira separatista, de divisão e enfraquecimento, que quer jogar no lixo uma trajetória de fortalecimento histórico que vem sendo construída há décadas. Agora, neste mês de agosto, a FITES recebeu com espanto a declaração do SINTESI-RJ de que pretende se desfiliar da nossa Federação. Sem maiores argumentações, sem apontar novos caminhos, sem esclarecer concretamente os motivos que determinam essa intenção. Apenas posicionamentos pessoais de algumas lideranças, que não refletem o coletivo das bases sindicalizadas. Convidados a uma reunião, marcada para o dia 24 de agosto, para esclarecer os pontos que levaram a essa proposta, a diretoria do SINTESI-RJ simplesmente respondeu, por ofício, que não tinha interesse em participar. Ou seja, a decisão de desfiliação parece já ter sido tomada. E a convocação de uma assembleia, tudo indica, ser apenas para comunicar às bases essa decisão, na tentativa de fazer parecer que é democrático algo imposto pela cúpula diretiva. Diante disso, a FITES decidiu, através dessa carta aberta, expor a situação criada e dar transparência ao que parece estar sendo feito às escondidas dos trabalhadores sindicatários do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, conclama companheiras e companheiros da direção do SINTESI-RJ, que reflitam mais sobre a importância da unidade da categoria, que deve ser sempre colocada acima de projetos pessoais, de egos e vaidades. A FITES certamente participará da assembleia convocada pelo SINTESI-RJ para o dia 30/08/2023, quando espera conhecer e discutir as motivações da proposta de desfiliação, que até o momento são obscuras. Vale lembrar, que a FITES hoje congrega nada menos que 17 sindicatos da classe no país, com abrangência em praticamente todas as regiões, de norte a sul, o que garante não apenas representatividade, mas principalmente a capacidade de unidade que foi construída ao longo de anos de lutas. São eles: SINDES­SC; SITESEMG-MG; SINTES-RO; SINTES-GO; SINTESNIT - Niterói (RJ); SINTESI-RJ; SINTEC-BA; SINTES­SE; SINTESFAL-AL; SINTESPE-PE. SESAC-GO; SINTES-PB; SINDESINDIS-RN; SINTEC-CE; SINTES-MA; SESAPS-PI. Além disso, foi a representação da FITES que viabilizou a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Rio de Janeiro, já que o SINTESI-RJ não estava com a representação legal consolidada no momento. É preciso que todos saibam, ainda, que membros da diretoria do SINTESI-RJ ocupam cargos também na direção da entidade nacional, inclusive desde antes de ser constituída como FITES. Tendo, assim, voz e participação em todas as deliberações da Federação. Atualmente o SINTESI-RJ responde pela Secretaria de Comunicação da FITES, que é uma das diretorias de maior responsabilidade e visibilidade. No passado, houve momento em que se tinha a até seis diretores da mesma base na gestão da FITES, deixando outras entidades de fora. Atualmente isso não ocorre mais. Hoje a composição da diretoria procura incluir toda a base da Federação, garantindo a representação de todas as entidades filiadas, promovendo uma administração colegiada onde todos têm direito a voz e voto. A FITES tem ação forte e prioriza a construção de políticas coletivas Entendemos que as diretorias passam, mas a entidade é permanente e pertence a todos os trabalhadores.

NÃO À DIVISÃO! SÓ A UNIDADE NOS FORTALECE.