São Paulo – Após mais de 10 dias de uma chuva de bombas israelenses na Faixa de Gaza, Israel prepara seus exércitos para invadir os territórios por terra. A expectativa é de aumentar o massacre de civis inocentes palestinos, além de amplificar os crimes de guerra israelenses. Também existe a expectativa, anunciada pelo próprio estado sionista, de tomar mais territórios palestinos. Enquanto isso, parte do mundo, incluindo o Brasil, clama por paz. Mesmo a ONU, em comunicado oficial, acusa Israel de crimes contra a humanidade e possível genocídio.
“Vocês veem Gaza agora à distância, mas logo a verão de dentro. O comando virá”, disse hoje o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Diante dos avanços do estado sionista, relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) expressaram “profunda indignação”. Isso, particularmente após o ataque devastador ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que resultou na morte de mais de 470 civis.
O grupo é de sete especialistas, incluindo Pedro Arrojo Agudo, Francesca Albanese, Reem Alsalem, Paula Gaviria Betancur, Michael Fakhri, Tlaleng Mofokeng e Balakrishnan Rajagopal. Eles acusam Israel de cometer crimes contra a humanidade e faz um alarmante alerta para o risco de genocídio na região.
Genocídio
Em um comunicado conjunto, os relatores da ONU enfatizaram que o ataque ao Hospital Al Ahli Arab é uma “atrocidade”. E que tem deixado a comunidade internacional em choque. O Ministério da Saúde de Gaza relatou que mais de 470 civis morreram, marcando um dos episódios mais mortais desde o início do conflito.
Além do ataque ao hospital, os especialistas também expressaram sua indignação com o ataque mortal, no mesmo dia, a uma escola da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente). O refúgio estava em Al Maghazi, e abrigava cerca de 4 mil pessoas deslocadas, assim como os ataques a dois campos de refugiados densamente povoados.
Então, o grupo de relatores da ONU observa que há uma campanha contínua por parte de Israel que resulta em crimes contra a humanidade em Gaza. Além disso, levando em consideração as declarações feitas por líderes políticos israelenses e seus aliados, juntamente com a ação militar em Gaza e a escalada de prisões e assassinatos na Cisjordânia, eles alertam para um risco real de genocídio contra o povo palestino.
Esta denúncia da ONU é mais um apelo urgente para uma solução pacífica e um cessar-fogo imediato em meio a um conflito que já se estende por várias semanas. O mundo assiste com crescente preocupação ao sofrimento do povo de Gaza, enquanto líderes globais continuam a se empenhar por um fim à violência e à tragédia humana que se desenrola na região.
Massacre do dia
No final da tarde de hoje, o Ministério do Interior de Gaza relatou um bombardeio israelense em uma igreja ortodoxa. Mais de 500 pessoas estavam abrigadas no local. Trata-se de uma igreja histórica greco-ortodoxa de São Porfírio. Então, trata-se do templo religioso mais antigo da palestina, um patrimônio da humanidade. O local é próximo ao hospital bombardeado pelo estado sionista. O local representa a fé cristã em Gaza, que conta com mais de mil praticantes da fé em Cristo. Vale lembrar que, para os muçulmanos, Jesus é um profeta de grande relevância e que, antes do Estado de Israel, judeus, palestinos e cristãos vivam em harmonia no território palestino.
Com informações da Agência Brasil