Nestes tempos de pandemia, vivemos um cenário de desemprego, inflação, arrocho salarial, fome e miséria. Nosso país está mergulhado em políticas antipovo e, acima de tudo, de ataques à classe trabalhadora, promovidos pelo governo Bolsonaro e pela agenda neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Infelizmente estes ataques e maldades implantados por este governo contra os trabalhadores não é nenhuma surpresa. O que nos surpreende é saber que esta mesma agenda de maldades do governo Bolsonaro tem sido praticada dentro de muitas entidades sindicais com maestria por certos sindicalistas. Estes dirigentes promovem dentro do ambiente de trabalho dos sindicatos as mesmas atrocidades, como demissões em massa, atrasos constantes de pagamento de salários e retiradas de direitos nos acordos coletivos. Ocorrem até mesmo ameaças e chantagens da não assinatura do acordo coletivo se as propostas desses dirigentes não forem aceitas pelos funcionários do sindicato, como ameaças aos funcionários que são filiados aos seus sindicatos de classe. E pior, há dirigentes sindicais que oferecem o carro do sindicato para levar os funcionários a irem se desfilarem do seu sindicato, como também acontecem nefastas praticas de assédio moral cometidas com autoritarismo ditatorial diariamente contra os trabalhadores sindicatários no ambiente de trabalho.
Neste cenário caótico vivido pelos trabalhadores sindicatários dentro de algumas entidades sindicais, o mais contraditório é saber que algumas direções sindicais usam das mesmas práticas patronais de intimidação e ameaças que os governos e patrões comentem contra o movimento sindical.
Surgem ameaças de demissões por justa causa contra dirigente sindical representante dos trabalhadores dos sindicatos em entidades sindicais. Também acontecem com frequência perseguições políticas e difamação pessoal contra representantes sindicais junto aos funcionários do sindicato. Há sindicalistas que se negam a liberar um dirigente sindical para atuar junto ao sindicato dos trabalhadores em Entidades Sindicais, assim como ocorrem ameaças de retirada da liberação sindical dos dirigentes sindicais já liberados para atuação sindical dos Sintes.
Entendemos que os sindicatos e seus representantes sindicais têm a missão de serem a voz da classe trabalhadora contra toda forma de opressão e injustiças sociais praticadas pelos patrões e governos capitalistas contra os trabalhadores.
Não aceitamos sindicatos e certos dirigentes sindicais que acham ou acreditam que os sindicatos são suas propriedades particulares. Sindicalistas que agem como coronéis da ditadura militar dentro das entidades, impondo medo, censura e todas as formas de tiranias contra quem ousa questionar as suas ordens.
Como também não aceitamos o silêncio das centrais sindicais representadas por essas direções sindicais, nem pelos seus dirigentes sindicais diante dessas atitudes e ações que envergonham a luta do movimento sindical brasileiro por um país mais justo e democrático.
Perguntamos: como poderemos novamente conquistar a confiança da classe trabalhadora indiferentes aos sindicatos com estas atitudes nefastas e desumanas praticadas por certos ditos dirigentes sindicais?
Se realmente queremos uma mudança na sociedade brasileira, precisamos com urgência fazer algumas mudanças e reflexões dentro do movimento sindical brasileiro!
Dirigente sindical tem que ser exemplo não só para sua categoria, mas também para os funcionários do sindicato!
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